Os Jovens Escritores

De jovens para jovens



 






   Meu cabelo ficou horrível depois da chuva, a umidade acabou destruindo meu penteado, deixando-o todo desalinhado e arrepiado; Depois de algum tempo penteando meus cabelos afim de “alinhar” um pouquinho:
   - Gui! – Chamei por ele.
   - Que foi Isa? – Perguntou, olhando pela porta do banheiro entreaberta.
   - Nada não, só queria te ver de novo...
   - Bobinha, você sabe que eu sempre estarei aqui não sabe? – Falou ele, com seu sorriso lindo e seu bom humor de sempre.
   Saí do banheiro ainda um pouco desarrumada, com uma vontade enorme de ir para casa para acabar o serviço com uma chapinha mas um sorriso lindo me atraiu como um imã, logo uma sugestão de alugar filmes me veio á cabeça, porque não? Assistir filmes naquele enorme home theater deveria ser o máximo, até a monstrinha chegar, Larissa queria, porque queria, ir junto com o irmão ao shopping para comprar algumas coisas, mas não queria contar com a minha presença, senti o comentário subindo a garganta de Larissa, o olhar congelante dela me alertou mais uma vez, com certeza ela me odiava.
   Fui para casa depois de perceber o clima pesado que Larissa trazia para lá, o Gui até que queria que eu fosse, mas a Larissa com certeza faria qualquer coisa para me afastar dele, minha decisão estava tomada, eu iria conquistar a confiança de Larissa para poder me aproximar do Guilherme como eu queria.
   Hoje acordei com um bom humor esplêndido, sábados são sempre os melhores, apesar da chuva que estava caindo do lado de fora, um sorriso se abriu em meu rosto, saí correndo de casa para ir encontrar o Guilherme, mas antes vou ter de arranjar algo para deixar a Larissa ocupada; Parti para uma loja de livros, pelos óculos de leitura dela, um livro será a melhor coisa para dar pra ela, folheei alguns dos lançamentos que estavam sendo mostrados na vitrine, achei um clássico da literatura que eu li para realizar meu vestibular á alguns anos atrás, “O Crime do Padre Amaro” foi um dos melhores livros que eu já li; paguei à moça do caixa e sai correndo de lá com meu guarda-chuva em mãos, para conservar meus cabelos.
  Cheguei à casa de Guilherme com pressa para mostrar o presente que trouxe para Larissa, talvez com alguns presentinhos e uma boa conversa eu convenceria Larissa a gostar de mim; Avistei os grandes portões do terreno dele ao virar a rua, mas algo estava diferente, os portões estavam entreabertos e rangiam com o vento que estava batendo neles. Entrei desconfiada no lugar, nenhum dos jardineiros ou serventes estavam lá, pisei dentro da casa através da porta aberta, vi algo inesperado, vários e vários cadáveres estavam estirados pelo chão, olhei aterrorizada e nauseada para aquela cena horripilante, lágrimas começaram a descer pelo meu rosto após ver que Guilherme estava lá, jogado no meio dos corpos junto aos cadáveres dos mordomos da casa:
   - Meu deus, Guilherme! O que aconteceu aqui? – Perguntei ao nada, olhando o rosto pálido de Guilherme agora em meus braços.
   Um barulho me chamou a atenção, Guilherme tossiu e recomeçou a respirar apesar do corte em seu abdômen , respirei um pouco mais aliviada ao presenciar aquilo, peguei meu celular e disquei 190 e coloquei o celular do lado do meu rosto, um chiado agudo e alto ecoou pelo salão de entrada, meu celular acabara de pifar; O desespero tomou conta da minha mente naquela hora, corri para fora da mansão e nada vi além de um enorme penhasco depois do portão, olhei para os lados e nada mais além de um vazio enorme em volta da propriedade deles.
   Deixei Guilherme encostado na parede do salão principal depois de fazer um curativo em seu corte no abdômen, segui em direção ao quarto de Larissa para ver se ela estava bem; Assim que abri a porta senti algo me empurrando para fora, entrei mesmo assim, vi Larissa suspensa no ar e ela me lançou um olhar medonho, de repente acordei... eram 5 horas da manhã e eu estava toda suada, de meus olhos lágrimas ainda saiam e meu corpo estava todo dolorido:
   - Aquele pesadelo foi real demais... – Falei para mim mesma.
   Voltei a dormir, ainda com a sensação ruim de ter visto o Gui naquele estado deplorável.
Acordei com um desânimo incrível, fui tomar um banho longo e demorado a fim de tentar esquecer do pesadelo da noite anterior, saí de casa com o ânimo pra baixo, mas aproveitei algumas idéias do meu pesadelo, com certeza a Larissa gostaria de ler um bom livro, fui a livraria e comprei uma cópia de Robinson Crusoé para ela; Comecei a ir em direção á casa de Guilherme, chegando no lugar a visão do jardineiro cuidando dos arbustos em frente a casa me aliviou, cumprimentei ele e entrei no terreno. Entrei pelo salão principal, ainda temerosa, felizmente vi que não havia sangue algum no chão e que todos os mordomos estavam bem vivos.
   Fui direto para o quarto de Larissa para lhe entregar o livro, abri a porta e olhei para dentro do quarto para verificar sua presença, a encontrei no computador, que tinha uma CPU rosa com adesivos da Hello Kitty, que o irmão dela tinha buscado na loja, cheguei perto dela e a abracei por trás, lhe mostrei o livro, mas em vez de uma reação amigável ela bateu em minha mão, derrubando o livro e saiu do quarto bufando, fiquei um pouco chateada com a reação dela, mas logo eu conseguiria conquistar a confiança dela; saí do quarto da Larissa para encontrar com Guilherme, fui ao quarto dele e entrei inadvertidamente; Ele estava tirando um cochilo com seu violão ao seu lado e vários papéis com partituras espalhados pela cama, sentei em sua cama para admirar aquela cena tão bela, passei minha mão em seus cabelos e me aproximei de sua face. Um sorrisinho se formou em seus lábios, então virei um tapinha na cara dele, ele estava acordado, só esperando um beijo:
   - Infeliz, não sei porque te adoro tanto... – Falei para ele enquanto sorria ternamente.
   - Porque você não resiste á minha personalidade. – Falou ele rindo levemente.
   - Definitivamente não é isso. – falei sarcasticamente.
   Ele fez uma cara de cachorro sem dono e me abraçou a cintura, unimos nossos lábios, mas alguém bate na porta com força, era Larissa com uma cara de poucos amigos, ela chega perto de mim e me dá um tapa na cara, o som do tapa ecoa pelo quarto; Guilherme pega e chacoalha ela pelos ombros:
   - Por quê você fez isso Larissa?!
   - Eu não quero te ver com essa vadia! – ela aponta para mim.
   Guilherme vira um tapa em Larissa, uma expressão de desolamento cobre sua face:
   - Quem é você para julgar com quem eu me relaciono? – Falou Guilherme, com uma expressão séria.
   - Sua irmã, e sinceramente, desde quando você é tão ingênuo assim Gui?
   - Como assim?!
   - Você realmente não viu nada de diferente nela?- Falou Larissa mexendo seus óculos de argola e lançando-me um olhar frio:
   - O que eu fiz para merecer isso?! – Berrei a ela.
   - Você não se lembra?…


Fim do Capítulo Dois.
Escrito por Vinícius (SonicBoom)
Imagem por PlasmaStorm

Espero que goste e comente. :]

9 comentários:

Isabelinha56 disse... 9/10/09  

SOU INOCENTE!

Hittler também é. :P

gabrielzx disse... 9/10/09  

a ideia geral está muito boa porém tem umas coisas que acho que você poderia melhorar um pouco...
Não tente escrever com pressa pois tem algumas partes tanto no um quanto no dois que me pareceram muito forçadas.tente também abaixar um pouco o nivel dos detalhes ou pelomenos tentar equilibrar pois tem horas onde a coisas que nem precisam ser ditas e outras onde e realmente necessário faltam os detalhes(isso so fazendo revisao >.<)de resto está otimo parabéns.

sou só um escritor de fim de semana cara, do jeito que está eu acho que está excelente =], valeu pelas dicas e muito obrigado pelo seu comentário

Este comentário foi removido por um administrador do blog.

/\ comentario desnecessario...

gabrielzx disse... 10/10/09  

sem duvidas que está exelente mais remover os detalhes exagerados e deixar a historia fluir faria a historia ficar muito boa

Do jeito que as coisas andam,o poço é BEM mais fundo...tapas vão rolar >:D

Anônimo disse... 3/5/12  

Tá melhor que a 1ª parte *-----*
Muito bom!
Só para de correr com alguns acontecimentos ta?!
Beijãao.
Por: StarCrazyBitch/Tumblr

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