Os Jovens Escritores

De jovens para jovens

Harmoníada 5 e 6 -2

 

Capítulo Cinco

 

A Seita

 

   O dia estava chuvoso, só se via a água caindo dos céus e duas figuras andando em meio á ela, ambos vestiam capas, que, agora estavam encharcadas e pesadas, tornando a viagem de Cajima e Sagamo mais chata ainda, seus corpos estavam doendo por causa da ultima batalha, afinal, fazia quase dez anos que eles não tinham uma luta intensa como aquela, apesar deles terem somente ferimentos leves, a velocidade dos golpes fez com que eles forçassem demais suas articulações, pois o corpo humano tem certas limitações quanto ao método de luta. Sagamo estava com as roupas um tanto chamuscadas por causa do último encontro com Mariko, quanto ao Cajima, estava com alguns hematomas por ter sido golpeado pelo lobisomem invocado por Loan, mas fora esses pequenos ferimentos ambos estavam inteiros.

   Numa clareira logo adiante, um jovem com um capuz verde estava sentado, comendo uma maçã, enquanto olhava uma adaga espetada numa árvore, a adaga era diferente das outras comuns, havia uma espécie de pedra azulada e arredondada cravada no inicio de sua lâmina, e essa pedra emanava uma fumaça azul, que se estendia pela lâmina, cobrindo-a.

   De repente o jovem pula, e no movimento pega sua adaga e se prepara em uma posição de batalha, logo se vê que o inimigo é um velho careca, porém parrudo:

   - Olá Sonic, não sabia que você ainda estava vivo após a explosão do local da cerimônia – Falou o velho, num tom de deboche.

   - Ué, porque eu não poderia ter sobrevivido á aquela pequena explosão de nada?

   Logo o velho saca uma clava e começa o ataque com tudo, derrubando árvores e quebrando pedras em seu caminho, logo Sonic para e levanta a adaga, e num gesto de mãos a fumaça azul que encobria se estende e ao tocar com ela na roupa do velho, que escapa por pouco, o lugar que entrou em contato com a adaga estava congelado, e logo se quebrou, mostrando o poder assombroso da pequena adaga que Sonic carrega consigo, o velho cessa os ataques, e começa a falar:

   - Sonic, você não muda nunca, faz quanto tempo que você carrega essa velha arma pra lá e pra cá?

   - Hahaha! - Gargalhava ele num ar sarcástico - Você acha que pode comigo, Esparta? Pode vir, eu vou congelar você e deixar em exposição no centro da minha sala.

   Logo o velho desaparece em meio á vegetação densa e Sonic pega outra maçã da árvore recém derrubada e volta a comer tranquilamente.  O velho Esparte já estava á alguma distância dali, ele, o número três da organização de Arazhel, era um dos mais poderosos, sua força era pelo menos umas trinta vezes maior que a força de um homem normal, sua arma, a famosa: “Cauda óssea de Arazhel”, era uma das melhores armas que alguém poderia ter, o único problema é que ela precisava de um usuário com muito tempo de treino para manuseá-la com a devida técnica, o velho Esparta, já treinou por mais de 300 anos nas montanhas. Há um jeito desconhecido de se prolongar a vida, ele, que era muito habilidoso com todo tipo de armas, era mestre em espadas, clavas, arcos, bestas e muitas outras armas, porém, o que tornava ele mortal, era seu costume de besuntar as suas armas em venenos fortíssimos, assim, mesmo que seja só um mínimo corte, o inimigo morrerá por causa do veneno.

 

Capítulo Seis

 

O Andarilho

 

   Sonic estava olhando as estrelas, relembrando de seus amigos perdidos em suas jornadas passadas, seus olhos lacrimejavam, ele lembrava de seus amigos, ambos mortos na sua frente, e sem poder fazer nada ele foge, tendo em sua mente a imagem dos dois no chão, ensanguentados, sem respirar, ele só via a imagem da morte á sua frente, sentia-se com vergonha por ter abandonado seus amigos, com medo de ser morto também, fraco por não ter conseguido protegê-los, um turbilhão de emoções ruins se manifestavam em sua mente, ele corria, corria, corria sem parar, ele não podia parar, se parasse ele poderia morrer, mas, logo ele se vê rodeado por guardas reais da cidade Parlamento, que deram cabo do monstro responsável pelas mortes que ocorreram por lá.

   Sonic se vê acordando na clareira em que ele estava, ele se levanta, vai até o rio lavar o sal deixado pelas lágrimas derramadas na noite anterior, ele prometeu para si mesmo que nunca mais deixaria um amigo seu morrer, e nos últimos dez anos ele esteve treinando na floresta, que começava a ter buracos por causa das árvores derrubadas pelos golpes, ainda congeladas mesmo após dias expostas ao sol, Sonic desenvolvera uma técnica que mantinha o que quer que sua adaga toque congelada, porém, isso causa uma perda excessiva de Soulstream, nome dado á energia usada para dar características especiais ás armas apropriadas, e por isso deixava o usuário muito cansado, mas com o treino intensivo de Sonic essa técnica não lhe causa mais esse cansaço.

   Ao longe se via Cajima e Sagamo andando em meio ao campo e o céu nublado, Sagamo ainda com as roupas chamuscadas lamentava não ter conseguido ficar lá espiado, e tinha um saco de gelo no local atingido por Mariko, Cajima estava calmo, ele tentava fazer com que o poder de sua espada despertasse, ele estava curioso sobre o que a famosa garra de Arazhel faz, mas mesmo concentrando seu Soulstream ele não conseguia fazer ela despertar, do nada Sagamo começa a falar:

   - Eu já consigo liberar minha arma, Cajima!

   - Pelo menos eu não levei um chute em lugares privados e sai choramingando, e mesmo depois disso você foi espiar a mulher lá, e acabou levando uma explosão na cara – Falou Cajima calmo como sempre.

   Os dois continuaram andando, quando dão de cara com um brutamontes que estende a mão e manda eles lhe darem suas armas e todo o dinheiro, Cajima foi mais rápido, saltou para longe e começou a se concentrar, Sagamo por outro lado invoca sua arma, ganhando uma camada de escamas por cima de sua pele, o brutamontes golpeia ele com um machado, que quebra, e logo o brutamontes pega uma espada, e vai tentando cortar as escamas de Sagamo, sem sucesso, mas ele olha para trás, e vê Cajima com uma espécie de garra na mão que libera uma rajada de ventos que cortam o brutamontes ao meio, espirrando sangue para todo lado. Os dois continuaram seu caminho pelo campo, e Cajima estava feliz agora, ele havia descoberto sua habilidade.

   Longe dali:

   - Mamãe, quando a gente vai parar de andar? – Falou Loan cansado.

   - Logo, logo, Loan. Nós precisamos andar mais um pouco para que não nos achem – Falou Mariko entristecida.

   - Vamos, vamos, só faltam alguns quilômetros! – Falou Tom andando á frente deles.

   Os três estavam andando por uma floresta um pouco densa, quando veem um jovem com um capuz verde, e logo se via três blocos de gelo contendo Mariko, Loan e Tom.

Escrito por SonicBoom (Vinícius).

Imagem por Hoo-Yong

Espero que goste e comente,

pois seu comentário é nossa maior motivação.

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Olá, Leitor!

O blog foi recentemente pausado por tempo indeterminado. O motivo é que nós estamos com a idéia de transformar algumas de nossas histórias em flash games. Provavelmente em alguns meses teremos a primeira.

Se quiser, veja alguns games feitos por Awoke, um dos fundadores, clicando aqui.

Obrigado pela sua atenção,
Equipe do Os Jovens Escritores

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UMBRIDEAINSANIDADE

  Lembrava-se de tudo. Exatamente tudo. Mas gostaria de não se lembrar de nada.

  Lembrava-se de como havia chegado lá.

  Lembrava-se que nunca sairia.

  Lembrava-se de seus pais ausentes. O pai empresário sempre trabalhando para sustentar os gastos interplanetários de sua mãe, que, por sua vez, estava sempre em algum motel, com algum amante.

  Lembrava-se do fatídico dia que o pai flagrou a traição da esposa e matou-a, suicidando-se logo em seguida. Enquanto ela ficava escondida embaixo da cama, com medo. A menina viu tudo. Viu o rosto da mãe, deformado pelas pancadas, atingir o chão e banhá-lo de sangue.

  Lembrava-se dos gritos de horror da mulher. Do baque ensurdecedor do taco de beisebol no crânio. Dos dois disparos que o pai deu: um no amante e outro nele mesmo. Não era mais nenhum bebê. Sabia exatamente o que estava acontecendo: estava ficando órfã.

  Lembrava-se do dia que chegou ao orfanato. Todas aquelas crianças pobres e tristes. Era loucura. Deixá-la ali era loucura. Queriam que dormisse numa cama de ferro gasto que rangia e com um colchão tão fino quanto papel, comer um mingau com mais água do que qualquer outra coisa. Não podia suportar uma barbaridade desse tipo. Não ela acostumada com o luxo.

  Lembrava-se de como as outras crianças do orfanato, mais velhas, viviam a atazaná-la e no final, já não mais se importava que falassem do quão fútil sua mãe era ou que nenhum parente a queria.

  Lembrava-se de quando começou a enlouquecer.

  Lembrava-se das vozes e dos rostos em sua cabeça. Ainda estavam lá.

  Lembrava-se que havia uma voz boa e uma ruim, que estava atentando-a e lhe mandando fazer coisas terríveis. E que muitas vezes, por caráter vingativo, ela fazia. Coisas como costurar a boca do maldito cachorro do vizinho, que latia a noite toda e não a deixava dormir.

  Lembrava-se do estopim que a havia mandado para este lugar: outra voz. Uma voz parecida com a de sua falecida mãe. Ela lhe dizia o que iria acontecer. Certa vez, a voz lhe disse que o menino novo ia beijá-la. Ela não podia permitir isso. Havia feito um voto, uma promessa de castidade. Não podia acontecer.

  Lembrava-se de como, sorrateiramente, invadiu o dormitório masculino e fez o que as vozes lhe disseram para fazer. Disseram-lhe para impedi-lo, afinal, ele não era merecedor do afeto dela.

  Lembrava-se do prazer que sentiu ao ver o sedativo fazer efeito. Do prazer que sentiu ao passar a agulha com o fio de náilon pelos lábios do menino, selando-os. O sorriso aflorou em seu rosto. Os olhos brilharam e giraram nas órbitas.

  Lembrava-se de quando uma das irmãs responsáveis pelos órfãos passou pelo dormitório e viu o que acontecia, e com seus gritos, acordou a todos. De como tentaram pará-la, mas a menina não descansaria enquanto não terminasse. Ele merecia.

  Lembrava-se que sentiu algo atingir sua cabeça, da dor aguda e de como acordou: amarrada em uma cama, em um lugar que desconhecia. Era um quarto de pedra, sem janelas ou luz solar, mobiliado apenas com a cama e uma cadeira afastada, na qual um homem vestido inteiramente de branco estava sentado e a encarava de modo inquisidor. Ele lhe deu medo.

  Lembrava-se que o homem lhe fizera várias perguntas e não obteve resposta em nenhuma, ela estava muito ocupada se debatendo e tentando se soltar. E quando ele cansou de falar sozinho, aproximou-se e espetou uma agulha em seu braço, derramando alguma substância sedativa em sua circulação.

  Lembrava-se de quando, depois de alguns meses no sanatório, ela enganou a enfermeira e não tomou o comprimido calmante, tendo plena consciência de tudo. Ela ia se vingar. Já conseguia sentir o gosto doce da vingança.

  Lembrava-se de como nocauteou o enfermeiro que a levava para o quarto e costurou-lhe a boca, apenas para que não gritasse e por puro prazer. E foi rumo ao alojamento médico. Aquele homem vestido de branco ia se arrepender de tê-la amarrado na cama, a mercê de sua boa vontade, ou não.

  Lembrava-se da agulha espetando o braço do homem, dando-lhe um sono longo e pesado. Havia roubado uma agulha e um fio de barbante fino, da enfermaria. Estava feliz por não ter tomado o remédio e por poder costurar a boca daquele que falou demais. Nunca gostou de pessoas que falam demais. Costurou, costurou, costurou. E depois escreveu, com letras de sangue: “Que lhe sirva de lição. Falar menos e pensar mais.”

  Lembrava-se do pânico que se instaurou em todo o prédio, quando acharam o falador, ainda sedado e com os lábios selados permanentemente. Sabiam que havia sido ela e por isso, levaram-na para a Ala Branca. Da onde nunca sairia. Quartos totalmente branco com as paredes estofadas. Ela ria. Gargalhava.

  Lembrava-se de como os outros, utilizaram-se da balbúrdia e fugiram. Rebelaram-se contra os enfermeiros e outros funcionários. Estavam com a paciência esgotada daquele lugar pútrido e infestado de ratos, das pancadas na cabeça e dos insultos. Havia presos perigosos na Ala Branca, que foram avaliados com problemas mentais, e nenhum deles se importou em abrir a cela da menina costureira. Olharam-na pelo vidro na porta, jogada no chão e rindo. Viraram as costas e esqueceram-na.

  Lembrava-se dos gritos de liberdade dos trancafiados e dos lamentos de horror dos que trancafiavam. Era o veneno doce e letal da vingança.

  Lembrava-se de como tudo ficou quieto, certa hora. E não houve som algum depois disso. A costureira não tinha forças para se levantar, andar, falar ou pensar. Toda sua energia havia sido gasta no seu último ato de insanidade. Na sua última costura. Na última vez que segurou uma linha numa agulha e passou pelos lábios de alguém.

  Lembrava-se de tudo, naquele momento. Exatamente tudo.

  A única coisa que não se lembrava era há quanto tempo estava presa naquele prédio destruído, dentro de um quarto branco com paredes estofadas, convivendo com ratos e somente eles, com o corpo atado numa camisa de força. Depois de inúmeras tentativas de suicídio, batia-se nas paredes e nada acontecia. Não conseguia viver. Não conseguia morrer.

  Um brinde, um brinde, senhores! Um brinde à liberdade dos delírios na alma! Um brinde à loucura telúrica que retorce a mente daqueles cuja imaginação é mais humana! Um brinde! Um brinde à insanidade!

Por Tabata Scorpioni (blog da Tabata)

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Detetive Awoke - Segundo Caso -2

O Sumiço dos Animais

   Awoke estava programando no computador, até que pressentiu algo se movimentando. Se assustou e decidiu investigar; foi até a cozinha, parecia que nada lá havia. Quando ele se virou, viu uma barata, ele riu da cara dela. Mas começou a crescer; chegou à altura dos seus joelhos e Awoke começou a se assustar. A barata chegou a altura dos olhos do jovem, que gritou um grito feminino quando a barata abriu a boca e pulou em sua cabeça.

   Awoke acordou assustado e suado, sua cama estava molhada e seu pijama encharcado. Ele decidiu se levantar para ir a cozinha, pois acordou às oito horas e estava com fome, ele abriu a geladeira e pegou uma fatia de pizza de calabresa, para aquecê-la ele utilizou sua visão de calor. Quando achou que estava boa, começou a comer e foi para a sala assistir televisão.

   Ele sentou-se no sofá e ligou a televisão. Estava passando um programa sobre baratas, pois havia uma imagem de barata na tela; Ele mudou de canal e ela continuou lá, então ele deduziu que a barata era de verdade e desmaiou. A barata percebeu o cheiro da pizza que estava na mão de Awoke, caminhou até ela e a tirou das mãos dele.

   A companhia tocou e Awoke acordou, ele levantou meio zonzo, mas conseguiu abrir a porta. Logo ele viu um homem bem gordo e negro, cujo o terno mal podia cobrir o umbigo.

   - Olá, meu nome é Sônique e eu sou o representante do bairro.

   - Nós temos um representante do bairro?

   - Sim, você mora aqui há dez anos e temos um representante do bairro desde sempre.

   - E para que o senhor veio aqui?

   - Bem, é o seguinte, nas últimas semanas, os animais do parque estão desaparecendo repentinamente e precisamos de alguém para investigar o que está acontecendo.

   - Nós temos um parque?

   - Sim, venha comigo.

   Eles começaram a ir em direção ao parque do bairro.

   - Nós acreditamos que um dos moradores locais está envolvido nisso, mas não podemos fazer acusações sem nenhuma prova, e essa parte fica com você, Awoke. Se conseguir nos ajudar com sucesso, o bairro lhe recompensará com valores e mérito.

   - Está certo, Sônique, farei o meu melhor!

   - OK, saiba que o futuro de vários animaizinhos está nas suas mãos.

   Sônique se despediu e foi embora.

   - Antes de tudo, eu precisarei de muita energia, então vou comer algo.

   Awoke foi até uma barraquinha de espetinhos que estava próxima ao parque.

   - Tem espetinhos de quê moço? – Ele perguntou ao homem que tinha orelhas grandes e cuidava da barraquinha.

   - Tem de vários sabores: carne de esquilo, carne de pato, carne de sapo, carne de pimenta, carne de coelho e também de barata.

   - Quero um de barata!

   - Aqui está, meu jovem.

   Awoke entrou no parque enquanto comia e falava com seu espetinho de barata.

   - Sabe por que você está neste espeto e sendo devorado? Hã? Isso é tudo culpa de algum parente seu! E você pagará por ele! Tome isso! – Ele pulou na cabeça do espetinho de barata e devorou sua cabeça – Haha! Viu como é ruim?

   Ele jogou a barata no chão e depois pisou várias vezes, fazendo aquele som de biscoito cream cracker.

   - Agora, o pior!

   Ele concentrou energia na sua mão e apontou dois dedos para a barata esmigalhada no chão, a barata começou a flutuar no ar, ele com muito esforço fechou sua mão e a barata explodiu.

   - OK, chega de diversão, é hora do trabalho.

   Awoke procurou por um moita próxima ao habitat de alguns animais e se escondeu dentro dela. Ele começou a esperar para ver se alguém fazia algo com os animais; esperou por horas dentro daquela moita suja que era atualmente o banheiro de alguns animais.

   Quando eram três da madrugada, ele escutou um ruído e acordou, teve uma bela surpresa ao perceber que os animais o utilizaram como banheiro, inclusive um cachorro que deixou um “presentinho marrom” no seu bolso.

   Ele foi verificar sobre aquele ruído que ouviu e notou a silhueta de um homem vestido de roupas pretas e com um capuz igualmente preto. O homem estava coletando os animais e os colocando dentro de um saco bem grande. Awoke sabia que aquele homem era o sequestrador dos animais do parque; então ele pulou para pegá-lo de surpresa, mas o homem era muito ágil e pulou para longe enquanto Awoke bateu de cara no chão, exatamente onde outro cachorro havia deixado um “presentinho”, desta vez maior.

   O detetive se levantou, estava furioso com aquele homem, que agora estava no alto de uma árvore e com uma bandana na testa que continha uma placa de ferro rabiscada. Agilmente o homem atirou cinco shurikens contra Awoke; ele conseguiu se esquivar de todas as shurikens, mas o homem tornou a atirar-lhe kunais, uma dezena delas. Awoke com suas habilidades humanas certamente não conseguiria desviar de todas, mas os poderes que Lemanto lhe havia fornecido deixaram que ele o fizesse facilmente e ainda podendo pegar e atirar contra o homem uma das kunais, que ao o acertar fez com que ele virasse um tronco. Awoke estranhou. Logo aquele homem apareceu na árvore atrás de Awoke e disse.

   - Você é um adversário de honra, então vou revelar-te minha identidade.

   O homem abaixou sua máscara e logo seu rosto era visível; Awoke ficou chocado com o rosto daquela pessoa conhecida e disse.

    - Quem é você? – Talvez nem tão conhecida.

   - Meu nome é Narotu Uzumika! Sou um ninja-zumbi e em breve serei um Hokega! O mais poderoso ninja-zumbi de minha vila, a vila do cemitério!

   Awoke percebeu que estava lutando contra um louco pirado, que provavelmente havia fugido do hospício próximo àquele lugar. Narotu tornou a falar.

   - Eu sou o inventor do Cavaleiros do Horóscopo, que depois foi plagiado pelo criador dos Cavaleiros do Zodíaco. Sabe o que aconteceu com aquele plagiador?

   - Ele ficou famoso e milionário enquanto você ficou na miséria?

   - Err... Além disso... Eu plantei uma bomba no apartamento de luxo dele, que explodirá em três anos!

   - Três anos? Por que três anos?

   - Porque eu quero!

   - Isso é uma babaquice!

   - Ora, seu garoto insolente! Tu morrerás! – Narotu estava furioso com Awoke.

   Narotu fez uma pose estranha com as mãos e logo gritou.

   - Hadouken No Jutsu!

   Então uma esfera azul de energia surgiu dos pés de Narotu e foi na direção de Awoke; ele foi correndo na direção da esfera, abriu a boca e a engoliu.

   - Mas o que!? Que droga é essa? – Narotu estava surpreso.

   Awoke abriu sua boca e lançou a esfera mágica, agora vermelha, de volta para Narotu, que ao ser atingido, caiu da árvore e ficou bem dolorido.

   - Ai... Ai... – Narotu estava com dores por todo o corpo.

   - Agora! Devolva estes animais ao parque e dê o fora daqui! – Awoke ordenava.

   - Você pensa que será assim tão fácil, é? Para sua surpresa eu plantei sete bombas neste parque, que estão armadas para explodir em cinco minutos!

   - Mas para que você quer fazer isso!? É louco, é?! – Awoke estava desesperado com aquilo que Narotu dizia.

   - Por quê? Você ainda pergunta porquê?! Porque eu sou um ninja-zumbi-pirado cujo o número da sorte é o sete! Vou ficar aqui vendo como você tenta achar e desarmar todas essas bombas, muahahaha!

   Awoke logo entrou em ação, fez uma pose estranha, olhou para seu relógio de pulso e apertou um botão que nele havia.

   - Mofar! – Gritou Awoke.

   Logo um monte de mofo sujo estava sobre a roupa de Awoke.

   - Droga! Vou tentar de novo.

   Awoke apertou outro botão do relógio.

   - Detector de bombas! – Gritou ele.

   Então um detector de bombas saiu do cinto de Awoke, que logo foi à procura das bombas, ele encontrou uma bomba que estava debaixo de uma pedra, uma que estava na copa de uma árvore, uma que estava dentro de um esquilo – pobre esquilo -, uma que estava dentro do seu próprio bolso, uma que estava atrás de seu olho. Ainda faltavam duas bombas a serem encontradas. Ao passar perto de uma região com vegetação densa, Awoke escutou um som do detector, mas como era impossível procurar por algo lá, ele teve uma idéia. Ele foi até um carro que estava estacionado ali perto e balançava – malditos adolescentes -, usou da arte de transferir combustível de um carro para a densa vegetação, acendeu um fósforo da Fiat Lux. Logo o mato queimou. Awoke havia planejado um fogo controlado, então foi apenas o suficiente para descobrir a mata e achar a bomba.

   Agora só faltavam apenas uma bomba e trinta segundos. Awoke tinha que ser rápido para achá-la e ainda desarmar as demais bombas.

   - Vinte e cinco segundos, meu rapaz – Disse Narotu. - A última bomba estava muito bem guardada!

   - Eu a acharei! – Awoke era valente.

   Faltavam vinte segundos. Awoke olhava para o chão e nem percebeu uma árvore à sua frente e nela bateu. Ao acertá-la, a bomba que estava sobre sua cabeça caiu no chão e Awoke só precisava desarmá-la e as outras também.

   - O cabo vermelho ou o azul? – Awoke estava em dúvida de qual cortar.

Faltavam sete segundos. Então Awoke decidiu coçar a sua orelha esquerda e percebeu que um cabo rosa estava lá. Ele o cortou e todas as bombas pararam a sua contagem, marcando em seu visor uma mensagem de  “L0L”. Awoke estava aliviado.

   Narotu ao perceber que a bomba não explodiu, começou a correr para não ser pego por Awoke, mas estava com a perna dolorida, devido ao ataque de Awoke, e caiu no chão.

   - Agora veremos quem está por detrás disso tudo – Afirmou Awoke indo em direção a Narotu.

   Awoke puxou por completo a máscara de Narotu e notou que ele tinha orelhas enormes.

   - Você tem orelhas enormes! Assim como aquele cara da barraquinha que vendia espetinhos na entrada do parque!

   - É! Eu sou ele! Roubava os animais do parque para vender como alimento. Vestido como um homem comum ninguém teria notado. Teria ficado rico se não fosse por um detetive intrometido.

   Awoke deu uma paulada na cabeça de Narotu que desmaiou. Ele foi à casa de Sônique, levando Narotu desacordado nos braços.

   - Magnífico! Magnífico! Você conseguiu achar o culpado! – Sônique estava alegre como da última vez que seu pai lhe abraçou, aos quatro anos. - Ele mora naquele manicômio do lado do parque e agora será preso.

   Narotu começava a acordar, mas Awoke deu-lhe uma outra paulada. Sônique foi em seu quarto e retornou segurando dois sacos enormes e pesados, cuja a frente continha a marca de “$$”.

   - Yay! Vou gastar tudo em bala!

   Finalmente, os animais do parque poderiam ter uma vida normal novamente. Tudo graças ao destemido e bravíssimo – pausa de um segundo- Detetive Awoke.

 

À espera de um novo caso.

 

Escrito por Awoke (Sérgio)

Imagem por Taho

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