Os Jovens Escritores

De jovens para jovens

Detetive Awoke - Segundo Caso -2

O Sumiço dos Animais

   Awoke estava programando no computador, até que pressentiu algo se movimentando. Se assustou e decidiu investigar; foi até a cozinha, parecia que nada lá havia. Quando ele se virou, viu uma barata, ele riu da cara dela. Mas começou a crescer; chegou à altura dos seus joelhos e Awoke começou a se assustar. A barata chegou a altura dos olhos do jovem, que gritou um grito feminino quando a barata abriu a boca e pulou em sua cabeça.

   Awoke acordou assustado e suado, sua cama estava molhada e seu pijama encharcado. Ele decidiu se levantar para ir a cozinha, pois acordou às oito horas e estava com fome, ele abriu a geladeira e pegou uma fatia de pizza de calabresa, para aquecê-la ele utilizou sua visão de calor. Quando achou que estava boa, começou a comer e foi para a sala assistir televisão.

   Ele sentou-se no sofá e ligou a televisão. Estava passando um programa sobre baratas, pois havia uma imagem de barata na tela; Ele mudou de canal e ela continuou lá, então ele deduziu que a barata era de verdade e desmaiou. A barata percebeu o cheiro da pizza que estava na mão de Awoke, caminhou até ela e a tirou das mãos dele.

   A companhia tocou e Awoke acordou, ele levantou meio zonzo, mas conseguiu abrir a porta. Logo ele viu um homem bem gordo e negro, cujo o terno mal podia cobrir o umbigo.

   - Olá, meu nome é Sônique e eu sou o representante do bairro.

   - Nós temos um representante do bairro?

   - Sim, você mora aqui há dez anos e temos um representante do bairro desde sempre.

   - E para que o senhor veio aqui?

   - Bem, é o seguinte, nas últimas semanas, os animais do parque estão desaparecendo repentinamente e precisamos de alguém para investigar o que está acontecendo.

   - Nós temos um parque?

   - Sim, venha comigo.

   Eles começaram a ir em direção ao parque do bairro.

   - Nós acreditamos que um dos moradores locais está envolvido nisso, mas não podemos fazer acusações sem nenhuma prova, e essa parte fica com você, Awoke. Se conseguir nos ajudar com sucesso, o bairro lhe recompensará com valores e mérito.

   - Está certo, Sônique, farei o meu melhor!

   - OK, saiba que o futuro de vários animaizinhos está nas suas mãos.

   Sônique se despediu e foi embora.

   - Antes de tudo, eu precisarei de muita energia, então vou comer algo.

   Awoke foi até uma barraquinha de espetinhos que estava próxima ao parque.

   - Tem espetinhos de quê moço? – Ele perguntou ao homem que tinha orelhas grandes e cuidava da barraquinha.

   - Tem de vários sabores: carne de esquilo, carne de pato, carne de sapo, carne de pimenta, carne de coelho e também de barata.

   - Quero um de barata!

   - Aqui está, meu jovem.

   Awoke entrou no parque enquanto comia e falava com seu espetinho de barata.

   - Sabe por que você está neste espeto e sendo devorado? Hã? Isso é tudo culpa de algum parente seu! E você pagará por ele! Tome isso! – Ele pulou na cabeça do espetinho de barata e devorou sua cabeça – Haha! Viu como é ruim?

   Ele jogou a barata no chão e depois pisou várias vezes, fazendo aquele som de biscoito cream cracker.

   - Agora, o pior!

   Ele concentrou energia na sua mão e apontou dois dedos para a barata esmigalhada no chão, a barata começou a flutuar no ar, ele com muito esforço fechou sua mão e a barata explodiu.

   - OK, chega de diversão, é hora do trabalho.

   Awoke procurou por um moita próxima ao habitat de alguns animais e se escondeu dentro dela. Ele começou a esperar para ver se alguém fazia algo com os animais; esperou por horas dentro daquela moita suja que era atualmente o banheiro de alguns animais.

   Quando eram três da madrugada, ele escutou um ruído e acordou, teve uma bela surpresa ao perceber que os animais o utilizaram como banheiro, inclusive um cachorro que deixou um “presentinho marrom” no seu bolso.

   Ele foi verificar sobre aquele ruído que ouviu e notou a silhueta de um homem vestido de roupas pretas e com um capuz igualmente preto. O homem estava coletando os animais e os colocando dentro de um saco bem grande. Awoke sabia que aquele homem era o sequestrador dos animais do parque; então ele pulou para pegá-lo de surpresa, mas o homem era muito ágil e pulou para longe enquanto Awoke bateu de cara no chão, exatamente onde outro cachorro havia deixado um “presentinho”, desta vez maior.

   O detetive se levantou, estava furioso com aquele homem, que agora estava no alto de uma árvore e com uma bandana na testa que continha uma placa de ferro rabiscada. Agilmente o homem atirou cinco shurikens contra Awoke; ele conseguiu se esquivar de todas as shurikens, mas o homem tornou a atirar-lhe kunais, uma dezena delas. Awoke com suas habilidades humanas certamente não conseguiria desviar de todas, mas os poderes que Lemanto lhe havia fornecido deixaram que ele o fizesse facilmente e ainda podendo pegar e atirar contra o homem uma das kunais, que ao o acertar fez com que ele virasse um tronco. Awoke estranhou. Logo aquele homem apareceu na árvore atrás de Awoke e disse.

   - Você é um adversário de honra, então vou revelar-te minha identidade.

   O homem abaixou sua máscara e logo seu rosto era visível; Awoke ficou chocado com o rosto daquela pessoa conhecida e disse.

    - Quem é você? – Talvez nem tão conhecida.

   - Meu nome é Narotu Uzumika! Sou um ninja-zumbi e em breve serei um Hokega! O mais poderoso ninja-zumbi de minha vila, a vila do cemitério!

   Awoke percebeu que estava lutando contra um louco pirado, que provavelmente havia fugido do hospício próximo àquele lugar. Narotu tornou a falar.

   - Eu sou o inventor do Cavaleiros do Horóscopo, que depois foi plagiado pelo criador dos Cavaleiros do Zodíaco. Sabe o que aconteceu com aquele plagiador?

   - Ele ficou famoso e milionário enquanto você ficou na miséria?

   - Err... Além disso... Eu plantei uma bomba no apartamento de luxo dele, que explodirá em três anos!

   - Três anos? Por que três anos?

   - Porque eu quero!

   - Isso é uma babaquice!

   - Ora, seu garoto insolente! Tu morrerás! – Narotu estava furioso com Awoke.

   Narotu fez uma pose estranha com as mãos e logo gritou.

   - Hadouken No Jutsu!

   Então uma esfera azul de energia surgiu dos pés de Narotu e foi na direção de Awoke; ele foi correndo na direção da esfera, abriu a boca e a engoliu.

   - Mas o que!? Que droga é essa? – Narotu estava surpreso.

   Awoke abriu sua boca e lançou a esfera mágica, agora vermelha, de volta para Narotu, que ao ser atingido, caiu da árvore e ficou bem dolorido.

   - Ai... Ai... – Narotu estava com dores por todo o corpo.

   - Agora! Devolva estes animais ao parque e dê o fora daqui! – Awoke ordenava.

   - Você pensa que será assim tão fácil, é? Para sua surpresa eu plantei sete bombas neste parque, que estão armadas para explodir em cinco minutos!

   - Mas para que você quer fazer isso!? É louco, é?! – Awoke estava desesperado com aquilo que Narotu dizia.

   - Por quê? Você ainda pergunta porquê?! Porque eu sou um ninja-zumbi-pirado cujo o número da sorte é o sete! Vou ficar aqui vendo como você tenta achar e desarmar todas essas bombas, muahahaha!

   Awoke logo entrou em ação, fez uma pose estranha, olhou para seu relógio de pulso e apertou um botão que nele havia.

   - Mofar! – Gritou Awoke.

   Logo um monte de mofo sujo estava sobre a roupa de Awoke.

   - Droga! Vou tentar de novo.

   Awoke apertou outro botão do relógio.

   - Detector de bombas! – Gritou ele.

   Então um detector de bombas saiu do cinto de Awoke, que logo foi à procura das bombas, ele encontrou uma bomba que estava debaixo de uma pedra, uma que estava na copa de uma árvore, uma que estava dentro de um esquilo – pobre esquilo -, uma que estava dentro do seu próprio bolso, uma que estava atrás de seu olho. Ainda faltavam duas bombas a serem encontradas. Ao passar perto de uma região com vegetação densa, Awoke escutou um som do detector, mas como era impossível procurar por algo lá, ele teve uma idéia. Ele foi até um carro que estava estacionado ali perto e balançava – malditos adolescentes -, usou da arte de transferir combustível de um carro para a densa vegetação, acendeu um fósforo da Fiat Lux. Logo o mato queimou. Awoke havia planejado um fogo controlado, então foi apenas o suficiente para descobrir a mata e achar a bomba.

   Agora só faltavam apenas uma bomba e trinta segundos. Awoke tinha que ser rápido para achá-la e ainda desarmar as demais bombas.

   - Vinte e cinco segundos, meu rapaz – Disse Narotu. - A última bomba estava muito bem guardada!

   - Eu a acharei! – Awoke era valente.

   Faltavam vinte segundos. Awoke olhava para o chão e nem percebeu uma árvore à sua frente e nela bateu. Ao acertá-la, a bomba que estava sobre sua cabeça caiu no chão e Awoke só precisava desarmá-la e as outras também.

   - O cabo vermelho ou o azul? – Awoke estava em dúvida de qual cortar.

Faltavam sete segundos. Então Awoke decidiu coçar a sua orelha esquerda e percebeu que um cabo rosa estava lá. Ele o cortou e todas as bombas pararam a sua contagem, marcando em seu visor uma mensagem de  “L0L”. Awoke estava aliviado.

   Narotu ao perceber que a bomba não explodiu, começou a correr para não ser pego por Awoke, mas estava com a perna dolorida, devido ao ataque de Awoke, e caiu no chão.

   - Agora veremos quem está por detrás disso tudo – Afirmou Awoke indo em direção a Narotu.

   Awoke puxou por completo a máscara de Narotu e notou que ele tinha orelhas enormes.

   - Você tem orelhas enormes! Assim como aquele cara da barraquinha que vendia espetinhos na entrada do parque!

   - É! Eu sou ele! Roubava os animais do parque para vender como alimento. Vestido como um homem comum ninguém teria notado. Teria ficado rico se não fosse por um detetive intrometido.

   Awoke deu uma paulada na cabeça de Narotu que desmaiou. Ele foi à casa de Sônique, levando Narotu desacordado nos braços.

   - Magnífico! Magnífico! Você conseguiu achar o culpado! – Sônique estava alegre como da última vez que seu pai lhe abraçou, aos quatro anos. - Ele mora naquele manicômio do lado do parque e agora será preso.

   Narotu começava a acordar, mas Awoke deu-lhe uma outra paulada. Sônique foi em seu quarto e retornou segurando dois sacos enormes e pesados, cuja a frente continha a marca de “$$”.

   - Yay! Vou gastar tudo em bala!

   Finalmente, os animais do parque poderiam ter uma vida normal novamente. Tudo graças ao destemido e bravíssimo – pausa de um segundo- Detetive Awoke.

 

À espera de um novo caso.

 

Escrito por Awoke (Sérgio)

Imagem por Taho

5 comentários:

Eu tambem sou um pirado cujo número da sorte é sete. E eu gosto de espetos de barata \o/

toby seu strnho XD

- Yay! Vou gastar tudo em bala!
Devia gastar em aulas de higiene.
Muito bom awoke :D

Isabelinha56 disse... 1/12/09  

Meh... Mto clichê! Você usou coisas de tudo quanto é anime/mangá =(

Erro que eu achei : Agilmente o homem atirou cinco shurikens contra Awoke; ele conseguiu se esquivar de todas as shurikens, mas o homem tornou a atirar-lhe kunais, uma dezena delas,
Como assim "TORNOU" a atirar-lhe kunais sendo que você só usa a palavra kunai nessa estória uma vez ?







uma bosta


Postar um comentário

Sobre

Histórias, contos, comédias, aventuras, dramas e outros; obras feitas de Jovens Escritores para Jovens Leitores.

Assine nosso Feed

Assinando nosso feed você recebe os lançamentos diretamente no seu leitor, junto com outros sites que você assina.

Lançamentos

Recomendados

Agenda

[15] 31.10 - Detetive Awoke - Segundo Caso (Awoke)
[16] 01.11 - Um Brinde à Insanidade (Tabata)
[17] 02.11 - Harmoníada - Cap. 5 e 6 (SonicBoom)

[??] ??.?? - Harmoníada - Cap. 9 e 10 (SonicBoom)
[??] ??.?? - Harmoníada - Cap. 11 e 12 (SonicBoom)
[??] ??.??0 - Harmoníada - Capítulos 5 e 6 (SonicBoom)
[??] ??.?? - Alone in the Dark (Mariko)

Anúncio

Escritores

Envie sua história

Se estiver interessado em ter sua história aqui publicada, mande a pelo sistema de mensagem, ou para o E-mail: awokerevilde@hotmail.com
Nós a avaliaremos e responderemos breve.