Introdução
Numa época dominada pelo terror e o caos, nesse mundo pobre e despreparado, vários povos estavam sendo massacrados pela tirania dos nobres que saqueavam tudo a sua volta; os seus exércitos implacáveis destruíam casas por prazer, queimavam igrejas e levavam todo o tipo de riqueza que podiam, desde de metais preciosos até as mulheres do povo, que mais tarde seriam violentadas e depois vendidas como escravas no mercado negro.Mas no meio dessa calamidade havia pessoas determinadas a lutar contra essa tirania; todas elas queriam uma coisa somente, a harmonia.
Capítulo Um
O Segredo da Mãe
- Mamãe, mamãe! - Gritou Loan, um garoto branco de cabelos longos, correndo para a sua mãe que estava estendendo as roupas para secarem.- O que foi meu filho? – Perguntou a mãe, Mariko, enquanto acabava de pendurar as ultimas peças de roupa no varal.
- Mamãe, será que o papai voltará da guerra? – Perguntou o garoto.
- Não, meu filho. Não sabem se ele irá voltar, mas eu tenho certeza que ele continuará vivo em nossas lembranças para sempre, querido… - Falou a mãe, olhando ao céu tardio nas suas últimas horas antes do escurecer.
Os dois entraram na sua simples casa, feita de pedra e com um teto de palha. A mãe foi preparar o jantar, enquanto o filho foi se lavar com água recém-fervida no fogão à lenha.
Após isso, ambos foram dormir, cada um em seu quarto; Mariko estava entristecida pela possibilidade de Tom, seu marido, ter morrido na investida contra o exército do sudoeste das planícies áridas, em frente às terras da cidade de Parlamento, uma cidade assolada pelas invasões dos exércitos da nobreza, tudo saquearam, e hoje apenas existem coiotes perambulando por aquelas terras cobertas de sangue e sofrimento.
De repente, se ouve um forte estrondo na entrada da casa. Mariko levanta-se imediatamente, pega um cajado de madeira ao lado de sua cama e caminha até à porta, onde vê o seu filho estático, olhando uma besta descomunal nos olhos, enfrentando com o olhar aquele ser metade homem e metade touro, carregando um machado. Os dois se encaravam profundamente, e o menino via nos seus olhos um passado de sofrimento e dor. Mariko entra, pondo-se à sua frente e ordenando que o menino corra o mais rápido possível. Ele obedece à ordem quase imediatamente e pula a janela do seu quarto, mas quando se encontrava no campo de trigo, que ficava ao lado da sua casa, ele ouve um estrondo; virando-se, ele assiste maravilhado, porém temeroso, a uma grande torre de fogo multicolorido, que logo se dispersa no ar, e do meio dos escombros ele vê a sua mãe se levantar lentamente. Loan corre até à sua mãe que, apesar de um pouco abalada, não estava ferida:
- Mamãe, como você fez isso? - Perguntou o menino maravilhado.
- Meu filho – Ela hesitou antes de prosseguir - Sou uma maga, mas não queria que você soubesse para não se inspirar a ir para a guerra também. Não quero te perder como perdi o seu pai – Falou Mariko triste, que tinha Tom bem presente na sua memória.
No dia seguinte, na utópica cidade Harmonia, bem longe da repressão:
- Mãe, mãe! - Gritou Loan para Mariko, que agora se encontrava vestida como uma maga branca, a sua especialização.
- Que foi meu filho?
- A gente vai continuar morando na pensão?
- Não, hoje vamos até a nossa nova casa perto do centro de comércio – Falou Mariko, com um sorriso em seu rosto.
Ao chegarem em sua nova casa, Mariko repara que havia uma pequena carta ao pé da porta. Com medo do possível assunto da carta, Mariko pede a Loan que entre dentro da nova casa e que a explore. Tal como suspeitava, aquela era a carta que indicava a perda de Tom em batalha.
No dia seguinte, para tentar esquecer a carta e para não revelar a verdade a seu filho, Mariko, mesmo angustiada, decide ir ao mercado, pois precisava comprar móveis para a casa, além de suprimentos, pois não compravam a semanas.
Chegados ao mercado, ambos viram uma enorme multidão perambulando pelas pequenas barracas que se amontoavam pelos corredores. Estas eram imensamente diversas, desde barracas vendendo comida, lembrancinhas e roupas, até barracas mais luxuosas vendendo joias e afins mais caros. Porém, Mariko visava outro tipo de estabelecimento.
Eles entraram numa barraca com vários tipos de móveis com os mais diferentes tipos de entalhamento. Pouco tempo depois, Mariko estava aparentemente feliz, com seu filho também feliz, mas um coitado de um carregador infeliz por causa da quantidade de móveis comprados por ela.
No caminho de volta ela vê um minúsculo ser correndo pela multidão, com várias coisas nos braços, provavelmente um ladrão; então, decidida, colocou o pé no caminho do ser que, quando passou, tropeçou e caiu de nariz no chão. Logo em seguida todos puderam ver a Mariko pisoteando o coitado que estava no chão:
- Ai! Pare com isso, louca! mocréia desvairada! - Gritava o pequeno homenzinho debaixo dos saltos pontudos da Mariko enfurecida com o comentário.
- Agora é que eu não vou parar mesmo, seu anão de jardim!
- Droga! Pare com isso, está me quebrando!
- Está bem, eu paro, mas se você me insultar novamente eu serei obrigada a te explodir!
“Meu deus, ela é louca!” pensou o pequeno ser logo se levantando:
- Quem é você?
- Meu nome é Salim e serei o melhor ladrão daqui; até agora nunca fui pego pelos guardas desse mercado, e... me ajude, por favor? – Nesse preciso instante, Salim corre para detrás da Mariko para não ser visto pelos guardas.
Logo que os guardas saíram do local, Salim saiu correndo numa velocidade incrível e sumiu no meio das pessoas andando no mercado.
Fim do Capítulo Um.
Capítulo Dois
A Torre dos Indesejados
- Nossa! o pessoal dessa cidade é rico mesmo, para construírem uma torre dessas deve ter custado muitas moedas de ouro - Mariko pensou para si mesma.
Mas logo continuou a caminhar para sua casa, deixando o assunto da torre para mais tarde.
Já com os móveis arrumados, Mariko sai de casa, para ver aquela torre mais de perto. Chegando lá, ela percebe que há vários guardas perambulando em volta da torre, mas como ela era esperta, usou um feitiço para os atordoar por um bom tempo, permitindo assim, que ela explorasse a torre com tempo de sobra.
Já no topo da enorme torre, ela viu dois portões de mogno, mas como ela era forte, facilmente os abriu. Ela se deparou com a luz do luar e ficou chocada e fora de si, como se estivesse hipnotizada. Rápida e decididamente, ela dirigiu-se ao castelo do comandante Saimon, um homem do povo, segundo o próprio. No entanto, era ele o alvo da fúria de Mariko, e a razão pela qual ela agora destruía tudo e todos que passavam no seu caminho:
- Senhor, senhor! temos uma maga lá fora e não estamos conseguindo conter o ataque dela! - Falava o soldado a Saimon, que bebia seu chá tranquilamente.
- Podem deixar que ela entre, eu mesmo cuidarei disso - Disse Saimon com uma calma inabalável, continuando a bebericar o seu chá.
Mariko logo chega ao salão onde Saimon se encontrava. Ele com seu sabre de esgrima, ela com um cajado com uma esfera de safira incrustada na ponta. A batalha logo começa; era notório que ambos eram de um nível superior, pois via-se que os ataques com o sabre de Saimon não só cortavam dentro do limite da espada, mas chegavam até as paredes do salão; Em contrapartida, os feitiços lançados por Mariko culminavam em explosões magníficas, porém, amedrontadoras.
Logo o teto começa a desabar e soterra ambos numa montanha de escombros. Imediatamente se percebe que Saimon não sofreu nada pois desviou-se dos escombros e cortou alguns que não pudera evitar. Mariko estava do outro lado, envolta por um campo de força azul que a protegia contra os escombros.
Estranhamente, esse campo começou a encolher e fica em volta da pele de Mariko, como se fosse uma roupa protetora brilhante, mas a batalha recomeça e sem mais nem menos, Saimon avança com a ponta de sua espada contra Mariko, que começa a emitir uma aura vermelha que explode, resultando numa explosão gigantesca que ilumina a cidade por alguns instantes.
Os fogos multicoloridos resultantes rapidamente se dissipam, permitindo ver o resultado da batalha: o comandante carbonizado por uma magia extremamente forte e Mariko, com um ferimento em seu tórax, mas somente superficial.
Imediatamente, um exército se lança na direção da Mariko, que sem pensar duas vezes, reúne os seus poderes e conjura uma magia; a única coisa que ela ouvia eram seus batimentos cardíacos e o barulho dos gritos de guerra dos soldados, que logo atingidos voavam às dezenas, caindo depois derrotados nas ruas frias da cidade.
Devido à explosão fantasticamente grande que Mariko provocou, ela acabou gastando muita energia e os feitiços que lançava agora a deixavam exausta. Surge, porém, um soldado a sua frente. Loan reconhecera as explosões e procurou unir-se a sua mãe. Mas vendo a estocada na barriga da sua progenitora, o menino fica irado e um brilho começa a sair de seus olhos e boca; de repente, um dragão vermelho enorme aparece nos céus, pousa e começa a atacar os soldados que são tanto dilacerados pelas mandíbulas enormes dele como queimados pelas rajadas de fogo que derretiam suas armaduras e queimavam sua carne.
No meio dessa confusão, Mariko leva Loan até a torre, onde ela abre os portões novamente, entra e sai logo em seguida, arrastando consigo um corpo gélido e fraco, porém ainda com vida, e logo se via um brilho esverdeado em volta desse corpo, que começava a voltar a sua forma original, músculos fortes e uma face aterrorizadora.
Uma exalação profunda confirmou o seu regresso ao mundo consciente. Aquele corpo pertencia a uma pessoa conhecida, sim, era o homem das fotos que Mariko mostrara a Loan, era Tom, que estava novamente forte e alegre. Loan ficou tão alegre em vê-lo, que foi logo o abraçou:
- É… agora eu sei quem é o meu grande filho.
Um sorriso surgiu no rosto dos três, que agora se encontravam unidos novamente.
Fim do Capítulo Dois.
4 comentários:
Elogios, críticas e avisos de erros. Todos bem-vindos. :]
YAY a HDH saiu finalmente =]
Muito legal sonic, igualzinho um RPG! :P Bom fds pra vcs
caro sonic, desculpe a demora para ler a sua história, pois meu tempo no computador está mais limitado.
Porém, fico feliz em dizer que só precisei ler os dois primeiros capítulos para ver como o nível das suas historias melhorou bastante =]
harmoníada está bem mais interessante!
gostaria apenas de chamar a atenção para algumas pequenas incoerências =/
1. no começo do segundo capítulo dá a entender que Mariko quer visitar a torre apenas por curiosidade e, de repente, ela está indo por fúria ao Saimon.
2. Saimon podia ter sido mencionado antes, ficaria mais emocionante. Ele ficou como um vilão que foi "jogado" no meio da história para haver uma batalha.
3. Como Mariko sabia que seu marido estava dentro da torre? um mero comentário como "(...) quando Mariko viu um rosto conhecido" teria explicado.
Espero não estar sendo muito chato.
um abraço ^^
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