Nesse mundo em que vivemos nós os humanos, seres baseados em carbono, reinamos absolutamente nesse planetinha, mas no planeta Zebes, um outro tipo de ser vivo reina por lá, os chamados “robôs” pelos humanos, seres vivos baseados em ferro. Apesar da imensa distância entre os dois planetas, alguns robôs aventureiros usam seus recursos a fim de estudar esses curiosos seres de carne, vários deles tomavam muito cuidado com a camuflagem para não interferirem na vida dos seres de carbono enquanto os observavam no habitat natural, alguns deles haviam levado alguns espécimes para zoológicos no planeta Zebes como exibição, mas eles acabavam se matando depois de umas três semanas.
O planeta Zebes não era cheio de engrenagens nem robôs quadrados, mas sim como uma gigantesca cidade tecnológica misturada com muitas plantas em seu meio, os prédios se curvavam para dar espaço às árvores e nas ruas, nada além dos moradores de lá circulavam; o ar puro e límpido continha nuvens lindas no céu e nada mais que isso, nada que polua ou agrida o meio ambiente do lugar. Nos limites da cidade - a qual cobria quase setecentos mil quilômetros quadrados - muros gigantescos se erguiam e chegavam ao horizonte, depois deles nada além de uma mata densa e úmida, cheia dos “renegados”, criminosos e máquinas que foram consideradas obsoletas e prejudicavam a cidade.
O robô 1-012 - número do modelo do robô e o número de fabricação -, mais conhecido como Awoke, estava andando pela rua e procurando algo para fazer, a internet tridimensional havia se tornado chata após o ano seis mil e cinquenta e sete - ano equivalente ao nosso ano atual -; uma idéia surgiu em sua cabeça, seus circuitos expostos na pele começaram a brilhar e ele sai correndo para sua casa para pegar as economias, ele iria viajar para a Terra e conhecer o mundo humano. Ele correu pela multidão de habitantes à todo vapor enquanto calculava mentalmente quanto ele tinha guardado em sua conta, com certeza seria o suficiente para viajar para à Terra sem problemas.
Uma nave em formato de um X gigante cruzava o espaço na velocidade da luz, então ele pegou um buraco de verme para o sistema solar, saindo do lado de Júpiter; seus olhos biônicos brilhavam ao ver lá longe, um minúsculo pontinho azul.
- É ela! Eu chegarei à Terra em breve! – Exclamou Awoke com uma alegria incrível, ansioso por uma nova aventura.
Sonic corria pelas ruas da Terra para voltar a tempo do jantar em seu apartamento, Isabela e Bruna ficariam furiosas com ele se ele chegasse atrasado de novo. Seus pés se moviam rapidamente em meio à multidão de pessoas na calçada do subúrbio em que ele morava, logo ele vê o portão a sua frente e num salto ele entra no elevador aliviado enquanto vê as luzinhas se iluminando no mostrador de andares.
- Ufa, me safei... – Falou Sonic baixinho, para si mesmo enquanto olhava o painel do elevador.
Mas a porta do elevador mal se abre e uma garota loira entra brava no elevador e começa a gritar com Sonic.
- Seu idiota, a gente tá te esperando há mais de duas horas! – Berrou a garota.
- Calma, Isa, eu tenho certeza que agora são oito e vinte... – Falou Sonic tentando acalmar Isabela.
- Oito e vinte nada! Agora são dez e cinquenta! – Gritou Isa a plenos pulmões.
Então ela arrasta o pobre coitado até uma mesa muito bem feita, com uma bela refeição em cima dela; assim que ele se senta e olha para a comida seu estômago dá voltas, mesmo com aquele aspecto delicioso, a comida de Isa era horrível. Bruna, então, sem mais cerimônias, pega o garfo e começa a comer, rápido, muito rápido, em menos de um minuto o prato dela já estava limpo, e ela foi correndo para o banheiro.
Sonic se senta em sua cama ainda tentando digerir aquela gororoba com gosto de... ah, vocês sabem que foi ruim. Um estrondo o tira de sua hipnose pelo teto do quarto, as janelas começam a tremer e os vidros delas se racham, logo depois um vulto negro atravessa a janela com muita força, acabando grudado na parede oposta; Sonic estava arrepiado com a velocidade assustadora com que aquilo parou na parede de seu quarto, ele pega seu taco de basebol e cutuca o corpo preto humanóide ali, depois de uns dois cutucões o corpo começa a brilhar, linhas finas e com desenhos semelhantes aos de um chip de computador começam a se tornar visíveis em sua pele antes negra como o piche.
-O-o que é você, seu bicho bizarro?! – Perguntou Sonic à criatura agora sentada no chão do quarto.
- @$#%$@!@$%@#@#!, Caham! Desculpe-me, o impacto mexeu com meu drive de voz, meu nome é Awoke, e eu vim aqui do planeta Zebes à procura de uma aventura! – Falou Awoke, apontando para o céu através da janela quebrada.
- Seu maluco, saia daqui! – Falou Sonic ao estranho ser que mais parecia um chip fluorescente ambulante.
- Maluco? Eu não estou num estado mental alterado devido à algum trauma ou experiência negativa em minha vida – Falou Awoke.
- Meu deus... o que é isso aqui?! – Falou Isa, com uma vassoura em mãos, tremendo na porta do quarto.
O ser que mais parecia um chip de computador começou a emitir uma luz muito forte, cegando a todos no quarto, e quando Sonic abriu os olhos, nenhum sinal do ser por lá, nem mesmo a janela quebrada e uma Isa assustada. Pensando ser um dos delírios causados pela comida ruim dela, Sonic deita e dorme que nem uma pedra para ir trabalhar no dia seguinte.
Awoke flutuava acima da cidade em sua nave recém-comprada de um dos mercadores de seu planeta, a camuflagem estava desativada por causa do horário avançado, e ele estava recarregando suas reservas de hidrogênio com algumas espécies de sucos terrestres. Mais em baixo no telhado de um prédio dois garotos falavam entre si.
- Sóóó... – Falou Gian, mais conhecido como Gelatina, por causa da provável aparência de seu cérebro.
- Éééééé... – Replicou Marcelo, mais conhecido como Celo por aquelas bandas.
Ambos chapados observavam o céu, até que Gelatina avista algo estranho, dois pares de luzes que pareciam turbinas saiam de uma espécie de carro voador.
- Ih alá, Celo, a gente tem que parar de comer esses cogumelos na janta hein... – Falou Gelatina, já percebendo os efeitos dos cogumelos.
- Podiscrer, eu também tô vendo Gelatina...
Os dois entram de volta ao prédio, fazendo um alvoroço gritando que haviam visto um OVNI logo acima deles, mas como todos perceberam no bafo dos dois o aroma dos cogumelos que só de se cheirar já deixava eles meio zonzos, ninguém ligou para os dois.
No planeta Zebes, no meio da floresta densa ao lado da cidade principal do planeta um povoado de robôs exilados lutava bravamente para sobreviver no meio de toda aquela pobreza, vários e vários deles caíam fora das condições de funcionar novamente.
Mais afundo daquela floresta, um cemitério robótico tinha como habitantes vários dos robôs exilados ou modelos de teste que não deram certo, no meio deles um chamava muita atenção, ele era todo cinza, sem nenhuma lasca de ferrugem, de repente ele acende seus circuitos de novo, seus olhos se abriram, as câmeras oculares voltaram a funcionar e seu software de ataque entra em ação; no povoado os robôs ouvem várias árvores caindo e algo rangendo como louco vindo do meio do mato, o robô gigante pula no meio dos sobreviventes estraçalhando hora os corpos ainda feitos de metal enferrujado, hora os outros modelos mais novos com uma fúria extrema, apesar dos anos que ele tinha passado decompondo no meio do lodo úmido daquele lugar, nenhum dos seus circuitos havia sido destruído, ele seria uma peça usada para prolongar a longevidade dos robôs, prevenindo a necessidade de troca de peças dos robôs; mas ele saiu destruindo tudo pela frente, em função de um bug no seu sistema. A carnificina continua por alguns minutos a fio, depois que ele terminou o serviço por lá, um monte de “cadáveres” estava no chão da floresta, o robô-monstro saiu correndo e deu um salto por cima dos muros gigantes da metrópole, lá ele avista várias das naves que vão e vinham de uma lado para o outro, ele se interessa por uma que ia ao “planeta prometido” da galáxia, a Terra…
Escrito por SonicBoom (Vinícius)
Imagem por ixRevivalxi
Espero que goste e comente,
pois seu comentário é nossa maior motivação.
6 comentários:
Está é uma ótima obra produzida por Vinícius.
Ótima!
Nossa, ficou mto massa cara, escreve mais :p
Eu gostei da parte do robô assassino... e a parte do Gelatina lá foi a melhor o/
As próximas histórias terão imagem ilustrativa deste tamanho, devido à necessidade de redução de tempo de carregamento das páginas.
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