Os Jovens Escritores

De jovens para jovens

Harmoníada - 3e4

Capítulo Três

A Fuga

   Os três no topo da torre, abraçados, sem se importar com nada á sua volta, finalmente estavam juntos, porém provavelmente por pouco tempo, pois os soldados já estavam a caminho da torre para capturá-los, só que havia um pequeno detalhe que atrapalharia a vida dos soldados, era Salim, que estava chegando pelo outro lado da torre.

   Ao chegar ao topo da torre, Salim imediatamente fala para os três.

   - Se quiserem viver, venham comigo agora!

   Eles foram seguindo o pequeno homem até um bueiro no meio da rua de pedra, bem em frente á torre, logo Salim abre o bueiro e manda-os entrarem, e por incrível que pareça estava tudo seco, sem cheiro algum, provavelmente o fluxo do esgoto tinha sido desviado para abrir caminho pelo encanamento. Depois de meia hora de caminhada pelos túneis onde Salim os mandava ir, eles chegaram a uma espécie de salão bem amplo, onde encontram outras duas pessoas sentadas num um sofá que estava todo rasgado e arrebentado.

   - Olá! - Disse o homem mais musculoso – Meu nome é Lucas Burquel, mas podem me chamar de Burquel.

   - Oi! – Falou o outro, que estava vestindo uma longa capa – Eu sou Luys.

   - Err... – Disse Loan, assustado com a voz de Luys, que tinha um tom sombrio - Oi.

   - Salim – Começou Mariko – Por que você ajudou a gente?

   - Ah é, foi por que você me ajudou a fugir dos guardas lá no mercado - Respondeu à Mariko - Luys, cadê o Awoke?

   - Hã? E eu que vou saber? Aquele cara não aparece desde semana passada por aqui – Falou Luys com seu tom sombrio.

   De repente se ouve passos chegando pelo túnel, mas logo eles percebem que só há uma pessoa vindo, e falam pra sim mesmos: “Deve ser o Awoke, vindo de um dos roubos malucos dele”.

   - Olá para vocês - Saudou Awoke.- Quem é essa aí? – Olhou desconfiado para Mariko.

   - Essa aí o caramba, eu não sou qualquer uma! – Falou Mariko, já dando um cascudo no Awoke.

   - Calma, calma, parem por favor; Mariko, esse é o Awoke, o fundador do clã dos gatunos da Harmonia, ele fundou o nosso grupo visando conseguir um estilo de vida bom e fácil de se manter, por isso nós roubamos as coisas para nos sustentar, e como quase sempre o Awoke traz as coisas como as joias e ouro; ele que atualmente sustenta a gente. - Falou Salim um pouco indignado por não se sustentar sozinho.

   - É sim, é verdade, eu sustento esse bando de bundões. Mas pelo menos eles conseguem limpar esse lugar pra mim, porque eu sou meio preguiçoso para cuidar desse lugar; e o Luys também serve pra me transportar pros locais dos roubos.

   - Como assim te transportar? – Perguntou Tom, estranhando Luys que até agora estava lá em seu canto, quieto, parecendo um cadáver;

   - Eu sou um morto, mas eu ainda ando, pois sou um vampiro... e aliás, sim eu li sua mente.

   - Meu deus, que medo! – Falou um Loan olhando torto para o Luys. – Mas se você é um vampiro esse seu colar devia estar te enfraquecendo, não é? – Loan aponta o crucifixo pendurado no pescoço de Luys.

   - Não necessariamente, os vampiros só têm uma fraqueza, seu coração, e nada mais, todo o resto é uma baboseira religiosa sem sentido.

   Após as apresentações e as milhares de perguntas de Loan sobre Luys, Awoke indica um caminho para fora da cidade, onde estariam relativamente seguros, então Mariko, Loan e Tom seguiram seu caminho para fugir da cidade harmonia, mas logo percebem o Salim curioso seguindo-os.

   - Por que está nos seguindo Salim? – Perguntou Mariko desconfiada.

   - Eu queria saber por que você matou o comandante da cidade harmonia?

   “Logo que Mariko abre as portas da torre ela vê vários corpos imóveis pendurados em correntes cheios de ferimentos, um cheiro pútrido invadia suas narinas, causando-lhe ânsia, mas logo ela reconhece um desses prisioneiros; sim, era Tom que estava lá, ao chegar perto dele ela ouviu um murmúrio: “Mate-o, mate o comandante, eu tenho que terminar essa guerra, preciso matá-lo, pelo bem da minha família, pelo bem de meu povo, pelo bem do mundo eu devo matá-lo.” Mariko ouviu bem isso, ela já estava decidida, ia matar Saimon, o comandante da cidade.”

   Depois de Mariko ter explicado a Salim o que aconteceu na torre, este retornou ao seu esconderijo.

   No alto de uma torre longínqua se via um circulo de homens encapuzado, todos com o mesmo símbolo estampado em suas costas, o dragão Arazhel, um símbolo de poder infinito, eles estavam discutindo sobre um plano de investida contra o resto do mundo, mas no meio deles se via uma espécie de bacia com água, e dela estavam sendo emitidas imagens, mas as imagens pararam, e apareceram Loan, Mariko e Tom andando numa planície, logo um dos homens tira o capuz, era Cajima, o sétimo na escala de poder hierárquico por lá, em seguida o décimo no poder tira o capuz também, era Sagamo, um guerreiro devotado ao conselho que foi junto com ele.

   - Temos de matar esse homem - Disse apontando para a imagem de Tom - Segundo nossas fontes ele é o único capaz de nos impedir – Falou o líder do conselho.

   - Vamos Sagamo! – Falou Cajima, num tom calmo e controlado, e os dois desaparecem em meio a uma nuvem de fumaça negra.

Capítulo Quatro

A Longa Viagem pelos Campos

   Mariko, Loan e Tom seguiram pelos campos, visando chegar à cidade orgulho, onde eles poderiam descansar por algum tempo, se recuperarem de seus ferimentos e se prepararem para a batalha que travariam contra os outros nobres existentes pelas redondezas.

   Os três estavam já exaustos pela longa caminhada e decidiram parar junto às margens de um pequeno riacho que passava por ali. Tom era já experiente em armar barracas com o que a natureza lhe dava, e por esse motivo foi capaz de fazer uma com apenas palha e alguns pedaços de madeira, que ele mesmo cortou com a foice que carregava como arma. Mariko e Loan acomodaram-se sem cerimônias na barraca, mas Tom preferiu dormir ao ar livre, por razões desconhecidas, e assim eles se lançaram no sono.

   Um pouco ao sul, encontravam-se Sagamo e Cajima, que andavam na direção deles. Os dois envergavam as suas capas com o símbolo de Arazhel nas costas e roupas normais por baixo. Apesar de poderosos, ambos eram extremamente humildes e não gostavam de se enfeitar com roupas pomposas, pois achavam que esse tipo de roupa só atrapalhava. Mais tarde, durante a noite, Sagamo e Cajima alcançaram finalmente o acampamento de Tom. A missão dos dois era eliminar Tom; ainda assim, por precaução, Saga foi verificar o interior da barraca. e quando ele entra, vê Mariko deitada no chão.

   - Mas que bela mulher! - Pensou Sagamo.

   Saga ficou lá por um tempinho olhando Mariko, quase que babando nela, até que decidiu se aproximar, foi chegando mais perto e mais perto, até que Mariko acorda, segura seus dois braços e mete-lhe uma joelhada por entre as pernas. Sagamo gritou de dor e desespero e de pois caiu no chão quase inconsciente, com a possibilidade de se tornar incapaz de gerar filhos pelo resto da vida.

   - Mas que caos é esse aqui?! - Berrou Tom, que por dormir mesmo ao lado da barraca ouvira distintamente o grito de Saga e se enraivecera com a sua presença.

   Tom começou a atacar Cajima que se defendia com uma katana onde havia as escrituras “Garra de Arazhel”. Mariko não perdera tempo, começara a lançar esferas de energia luminosa contra Cajima e Sagamo que, apesar de dolorido até a alma, se defendia com uma espécie de escudo-lâmina que continha a inscrição “A pele de Arazhel”. No meio das chamas e faíscas das armas se chocando, Loan olhava atentamente seus pais. Quando Cajima desferi um forte golpe com sua Katana no braço esquerdo de seu pai, Loan sente uma grande raiva de Cajima e cria uma invocação, como a que fez no castelo para salvar Mariko. Dos seus olhos e boca brotavam feixes de luz e uma fenda se abre do chão, de onde sai uma espécie de lobisomem com uma clava. Este lança-se a Sagamo e Cajima. Os dois ao se verem em desvantagem por causa da invocação do garoto recuam e somem diante de uma parede de fumaça negra.

   A alguns quilômetros estavam Sagamo e Cajima, um pouco cansados por causa da pequena batalha contra Mariko e Tom, além da invocação do garoto. Mas Cajima viu algo de interessante em Loan, que apesar da pouca idade, conseguia já invocar criaturas com arma; além do mais, segundo fontes credíveis da cidade Harmonia, ele também havia invocado o dragão Eskartz, um dos sete dragões guardiões. Pela lógica, se o garotinho conseguia invocar Eskartz, também poderia invocar Arazhel se fosse treinado na arte da invocação, pensou Cajima já planejando sequestrar o garoto para o forçar a invocar Arazhel, com o objetivo de adquirirem as armas originais diretamente do grande Arazhel.

   Longe dali, Mariko e Tom descansavam sentados, resolveram viajar mais quando o amanhecer se aproximasse, para evitar mais encontros desastrosos como o com os dois encapuzados. Mariko, completamente exausta, resolveu tomar um banho no rio. Logo se tinha despojado das suas vestes e se tinha submergido na água gelada, porém, tonificante, do rio, que parecia repor as energias gastas por ela.

   - Ah... mas que relaxante… – Disse ela submersa até o pescoço na água.

   Mal ela desconfiava que Sagamo havia voltado, num acesso perverso, e estava assistindo o banho dela, mas por causa de um descuido dele, acaba pisando um graveto, alertando Mariko, que responde com uma esfera explosiva nele. Ele é arremessado para longe, ficando desacordado.

   - Pode levar ele - Disse Mariko a Cajima, se referindo ao Sagamo desmaiado, acompanhando a frase com um gesto de desprezo.

   Cajima surge do nada e leva Sagamo para longe, murmurando “Seu grande imbecil”.

Escrito por SonicBoom (Vinícius)

Imagem por BroodyOne

6 comentários:

lol... toby é um nome estranho, mas Sagamo, Cajima, Salim, Luys e Awoke nem são né? Devia traduzi esses nomes. Nem sei quem é esse Luys aí (no kong)

luys = lass pelo que eu me lembre XD

Eu passei de nomes em inglês para nomes medievais, não nomes brasileiros, uma vez que eu nem sei o que aconteceu no Brasil enquanto ocorria a Idade Média na Europa, será que os índios fizeram algo de legal?

Não exatamente medievais, mas só tentei tornar mais comum sem deixar de ter alguns traços do original.

Moreira disse... 25/10/09  

Os indios criaram a antimatéria e destruiram parte do território deles, depois perderam a memória e deixaram de ser super inteligentes, por isso aconteceu a colonização, ou algo parecido.
Fora isso, a história ficou muito boa e nada clichê, pelo menos eu acho que não, nem leio muito, comecei a ler mais agora.
Boa sorte com os próximos capitulos.
Pronto, comentei awoke, ta feliz?

Feliz \o/

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